Elementos como o pólen, podem
biomonitorar o ambiente em questão/ Foto: marialaus
Uma pesquisa da Escola
Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, revelou que as abelhas
além de fornecer mel, geléia real, cera, própolis, pólen, assim como ajudar na
agricultura e contribuir para o ambiente por meio da polinização, são também
bioindicadoras de poluição ambiental. Durante as viagens para coleta de água,
néctar e pólen das flores, as abelhas são impregnadas por microrganismos e
substâncias químicas presentes na atmosfera, que podem servir como indicador da
qualidade do ar.
O estudo realizado pela bióloga Talita
Antonia da Silveira foi desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em
Entomologia, no intuito de verificar se o pólen apícola coletado por abelhas Apis Mellifera pode ser
utilizado como bioindicador de poluição ambiental. Orientado pelo professor
Luís Carlos Marchini, o trabalho foi realizado no apiário do Departamento de
Entomologia e Acarologia (LEA).
A bióloga explicou que as abelhas
operárias realizam viagens exploratórias em áreas que cercam seu habitat,
recolhendo o néctar, a água e o pólen das flores. Com isto, quase todos os
setores ambientais — solo, vegetação, água e ar — são explorados. “Durante este
processo, diversos microrganismos, produtos químicos e partículas suspensas no
ar são interceptados pelas abelhas e podem ficar aderidos ao seu corpo ou ser
ingeridos pelas mesmas”, explicou a pesquisadora a Agência USP.
A partir dessa conclusão, Silveira
afirmou que os produtos apícolas podem ser usados como bioindicadores para
monitoramento de impacto ambiental causado por fatores biológicos, químicos e
físicos. “A analise de elementos como o traço no pólen, podem biomonitorar o
ambiente em questão. Esse monitoramento com produtos apícolas pode ser uma das
formas de prevenir a contaminação ambiental”, concluiu.
Fonte:
EcoDesenvolvimento.org
|
quinta-feira, 31 de maio de 2012
Pesquisas revela que abelhas podem servir como bioindicadores de poluição ambiental.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário