sexta-feira, 29 de junho de 2012

Nova espécie de morcego descoberta no Brasil



Dryadonycteris capixaba é o nome da nova espécie de morcego encontrada em uma reserva de Mata Atlântica do estado do Espírito Santo.

Assim como a maioria das espécies brasileiras do animal, o recém-descoberto morador do bioma não se alimenta de sangue, mas sim do néctar das plantas.

Pesquisadores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e do Museu Americano de História Natural acabam de descobrir um novo morador na Mata Atlântica: trata-se do Dryadonycteris capixaba, uma nova espécie de morcego encontrada em uma reserva da cidade de Linhares, no Espírito Santo.

Apesar da fama de hematófago do morcego - isto é, de se alimentar de sangue -, a nova espécie dispensa o alimento - assim como 99% dos tipos brasileiros de morcego. O Dryadonycteris capixaba gosta mesmo é de "forrar o estômago" com o néctar das plantas, ou seja, é nectarívoro.

Esta foi a 51ª espécie de morcego encontrada na mesma reserva de Mata Atlântica, no Espírito Santo, e os pesquisadores suspeitam de que há ainda outras espécies do animal para serem descobertas no local, que já recebeu o título de área protegida com maior diversidade de morcegos. Trata-se de um verdadeiro refúgio de morcegos.

Desmatamento aumenta enquanto Brasil debate novo Código Florestal



Uma conquista ambiental brasileira pode estar se perdendo: se o Brasil continuar “enrolando” para definir as regras de conservação florestal, elas não terão mais efeito. Enquanto a discussão política continua, o desmatamento, que havia diminuído, ressurge.

Novos relatórios do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) apontam que 480 quilômetros quadrados de floresta no estado do Mato Grosso foram desmatados durante as oito semanas de março e abril de 2011. Isso é um aumento de cinco vezes em relação ao ano passado.

Mato Grosso é o estado mais meridional da Amazônia, e seus proprietários têm sido responsáveis por um terço da perda de floresta amazônica desde 1988.
O principal bloqueio jurídico ao desmatamento é o Código Florestal nacional, que exige que os agricultores da Amazônia retenham 80% da floresta como “reserva legal”, e os agricultores de outros lugares retenham 20% do habitat natural.

O código, em vigor desde 1965, foi ignorado por anos. Porém, quando o país intensificou seus esforços de policiamento, houve uma reação dos agricultores.
Enquanto isso, a Câmara dos Deputados passou meses debatendo propostas para “derrubar” (transformar) o código. Após uma série de adiamentos, o Brasil vai tomar uma decisão hoje.

As alterações podem envolver adaptações às regras percentuais, devolução de controle para os estados, e concessão de anistias para os culpados de desmatamento ilegal no passado. Uma anistia significaria que as ordens existentes para o reflorestamento não teriam de ser executadas.

Qualquer decisão exige a aprovação do Senado e da nova presidente, Dilma Rousseff. Durante sua campanha eleitoral, Dilma se comprometeu a defender as florestas, mas ela estará sob pressão dos fazendeiros.

Os conservacionistas dizem que a flexibilização do código poderia prejudicar uma história de sucesso na Amazônia, pois as taxas de desmatamento, apesar de ainda consideráveis, estavam diminuindo. No ano passado, atingiram seu nível mais baixo desde a década de 1980, e apenas um terço da taxa de 2004.

Além da incerteza política sobre o código florestal, outras possíveis razões para o aumento do desmatamento no Mato Grosso incluem os efeitos da seca do ano passado, que deixou a vegetação vulnerável ao fogo.

O impacto de quaisquer alterações no código florestal pode ser igualmente grave na savana do Cerrado ao leste da Amazônia, onde as taxas de desmatamento aumentaram o dobro para dar lugar a fazendas.

Os proprietários, na esperança de uma mudança no Código Florestal, não terão obrigação de proteger algumas das suas terras. Se isso acontecer, as consequências para o Cerrado serão muito ruins.


Fonte: hypescience

Desmatamento Zero


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Mais Informações: ligadasflorestas


Biodiversidade global diminui 30% em 40 anos; Brasil aumenta consumo de recursos naturais.


Não é exagerado dizer que estamos acabando com os recursos naturais do mundo. Mais precisamente, já diminuímos em 30% a biodiversidade da Terra desde a década de 1970.

Além disso, nós consumimos 50% a mais do que nossa capacidade por ano. Ou seja, nós usamos recursos de um ano e meio durante apenas um ano. E, nesse ritmo, 30% pode virar 100%.

A organização WWF faz bianualmente um estudo chamado Relatório Planeta Vivo para saber quais nações estão consumindo mais recursos naturais. O último relatório traz comparações de 2008, último ano do qual se tem dados.
Segundo os cientistas que fizeram o relatório, nós estamos superando a biocapacidade da Terra em 50% (isso é, a Terra demora um ano para repor o que a gente queima em um ano e meio), o que significa que estamos em dívida com a mãe natureza.

E quem está mais em dívida? O relatório balanceou o uso de recursos pela capacidade de produtividade de cada nação e comparou-os com a população real e o consumo por pessoa, determinando a “pegada ecológica” de cada nação. Os 25 países com maior consumo per capta são (o Catar sendo o maior, e Espanha o 25º maior):

1. Catar
2. Kuwait
3. Emirados Árabes Unidos
4. Dinamarca
5. EUA
6. Bélgica
7. Austrália
8. Canadá
9. Os Países Baixos
10. Irlanda
11. Finlândia
12. Cingapura
13. Suécia
14. Oman
15. Mongólia
16. Macedônia
17. Áustria
18. República Checa
19. Eslovênia
20. Uruguai
21. Suíça
22. Grécia
23. França
24. Noruega
25. Espanha
Os 25 países com menos consumo de recursos naturais per capta são (sendo Guiné-Bissau o 25º país com menor consumo e o Território Palestino Ocupado* o menor):

·         Guiné-Bissau
·         Camarões
·         Congo
·         Lesoto
·         Togo
·         Filipinas
·         Quênia
·         Tajiquistão
·         Angola
·         Iêmen
·         Índia
·         Burundi
·         Zâmbia
·         Moçambique
·         Malavi
·         Nepal
·         República Democrática do Congo
·         Paquistão
·         Ruanda
·         Bangladesh
·         Eritreia
·         Haiti
·         Afeganistão
·         Timor Leste
·         Território Palestino Ocupado*
*Território palestino ocupado é um termo usado pela ONU e outros grupos internacionais legais para descrever partes da Cisjordânia regidas por autoridades militares israelenses.

Brasil: em maus lençóis


O Brasil não aparece entre as 25 nações com maior consumo per capta, nem entre as 25 com menor consumo. Isso significa que estamos bem, que não estamos gastando tanto recurso natural?

Muito pelo contrário. O relatório da WWF também diz que o Brasil e outras economias emergentes (como Rússia, Índia, China e África do Sul) aumentaram o consumo per capita de recursos naturais.

Não somos os maiores consumidores, mas hoje consumimos 65% a mais que nos últimos 50 anos. Os maiores vilões são a agricultura e a pecuária (representando dois terços do consumo), depois pesca emissão de carbono, uso florestal e áreas construídas em cidades.

O Brasil está inclusive acima da média mundial no que diz respeito a demanda e a capacidade de renovação de recursos naturais. A pecuária, por exemplo, tem taxa de pegada ecológica de 0,95 no Brasil, enquanto na Argentina é de 0,62 e a mundial é de 0,21.

O índice de pegada ecológica total no Brasil aumentou de 2,91 a 2,93 desde a última edição do relatório.

Porque manter a biodiversidade viva?


A perda atual de 30% da biodiversidade se traduz em uma grande perda de espécies de plantas, animais e outros organismos. Espécies temperadas estão melhores que as tropicais, maiores atingidas, que diminuíram em 60% desde 1970. Espécies tropicais de água doce chegaram a diminuir 70%. As espécies terrestres diminuíram 25% no mundo todo, e marinhas aquáticas 20%.

Segundo os especialistas, está na hora dos políticos, governantes e instituições pararem de pensar de 4 em 4 anos e pensarem num futuro mais distante. Além do ciclo eleitoral, nós precisamos de soluções a longo prazo que mantenham nossa biodiversidade viva e dentro das capacidades de renovação da Terra.

Sim, precisamos salvar nossa biodiversidade. Não que sejam necessários outros motivos além da sobrevivência da espécie humana, mas muitos estudos têm apontado vários benefícios da biodiversidade que nos dão ainda mais razões para nos agarrarmos a ela.

Quando perdemos biodiversidade, perdemos também nossa cultura. Um novo estudoafirmou que 70% dos idiomas do planeta são encontrados em áreas ricas em biodiversidade. E, conforme as áreas são degradadas, as culturas e línguas locais se extinguem também.

Outra pesquisa mostra que o contato com a biodiversidade melhora o humor, reduz o estresse e aumenta a sensação de relaxamento. Também pode aumentar a longevidade, reduzir o tempo de recuperação de uma cirurgia e aumentar nossas capacidades cognitivas.

Ou seja: faça sua parte! Não custa e pode lhe fazer muito bem.

Fonte: hypescience 

Perda de línguas e culturas está intimamente ligada à diminuição da biodiversidade



A cada duas semanas, um idioma desaparece da face da Terra, segundo estatísticas da Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura (UNESCO). Como se esse dado, sozinho, já não fosse suficientemente ruim, especialistas avaliam que metade das quase 7 mil línguas existentes correm o risco de se juntar a esse grupo em extinção.

Agora, pesquisa da Universidade Penn State, nos Estados Unidos, e da Universidade de Oxford, no Reino Unido, revela relação íntima entre a morte de línguas e a diminuição da biodiversidade.

O estudo afirma que 70% dos idiomas do planeta são encontrados em áreas ricas em biodiversidade. E, conforme as áreas são degradadas, as culturas e línguas locais se extinguem.

“Estima-se que a perda anual de espécies seja mil vezes maior que taxas históricas”, escreveram os pesquisadores na Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS, na sigla em inglês).

O biólogo norte-americano Larry Gorenflo, coordenador da pesquisa, conta que as paisagens mais importantes estão se tornando cada vez menores. “Essa é uma oportunidade para integrar esforços para a conservação do meio ambiente com a conservação cultural e linguística”, pontua.

Situação no Brasil

Antes da chegada dos colonizadores, havia 6 milhões de índios em nosso país. Hoje, eles não passam de 700 mil, apenas 11% da população original, que fala cerca de 180 línguas, de acordo com a FUNAI.

E, desde a colonização, segundo a ONG SOS Mata Atlântica, 93% do bioma homônimo original já foi devastado.

Para se ter uma ideia mais específica, o idioma karitiana – último remanescente da família arikém, do tronco tupi – está restrito a uma tribo de aproximadamente 320 pessoas, perto de Porto Velho (RO). Por isso, o idioma corre risco constante de extinção.

E sua perda seria lastimável. O karitiana é bem próximo do idioma chinês e é desprovido de artigos e pronomes demonstrativos – até então considerados essenciais pelos especialistas ocidentais –, não apresentando flexões de número ou gênero.  [BBC,BraunSchweiger-Zeitung, Funai, Usp, PennStateUniversity, Foto]

Fonte: hypescience

Fungos limpam solo e água


Fungos têm uma péssima reputação. Mas agora é melhor rever esse estereótipo. Pesquisadores alemães do Centro Helmholtz para Pesquisas Ambientais, em Leipzig, estão desenvolvendo maneiras de utilizar fungos para limpar solo e água.

A habilidade destrutiva de alguns fungos deriva de enzimas poderosas, como a lacase, que quebram a lignina (também conhecida por lenhina), molécula encontrada na parece celular de muitas plantas, cuja função é conferir rigidez e resistência a ataques microbiológicos e mecânicos.

Esmiuçando as propriedades dessas enzimas, os cientistas encontraram maneiras de decompor toxinas, incluindo-as em estações de tratamento de esgoto e em solos.


O poder celeste das superestrelas

Segundo o biólogo Dietmar Schlosser, um dos membros da pesquisa, as lacases não são exigentes. “Essas enzimas não fazem distinção entre as estruturas químicas”, conta Schlosser.

Por esse motivo, algumas lacases quebram hidrocarbonetos e dióxidos – deixando para trás apenas água e gás carbônico –, e outras alteram as ligações químicas e transformam substâncias tóxicas em moléculas orgânicas menos perigosas, que podem ser quebradas por bactérias.

No que diz respeito à ação no solo, Schlosser explica que os fungos estendem suas hifas (longas células cilíndricas e filamentosas) no solo. As superfícies úmidas das hifas dão a algumas bactérias a habilidade de percorrer longas distâncias.

Segundo o biólogo alemão, o solo tem poros preenchidos por ar, que as bactérias não conseguem atravessar, já que não podem se mover através de umidade. Contudo, os fungos podem ajudá-las com as hifas, que servem de ponte para as bactérias atravessarem.

Dessa maneira, o fungo também pode limpar o solo, pois crescem tanto para cima quanto para baixo. Esse é o caso do cogumelo Marasmius oreades, vulgo roda das bruxas, cujo micélio pode crescer e se espalhar por vários metros, embora pareçam estar separados na superfície.

Fonte: hypescience

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Simpósio sobre energias Renováveis


Alternativas dentro da Propriedade Agrícola e Plantios Florestais

PERÍODO: 20 e 21 de setembro de 2012

LOCAL: Anfiteatro do Pavilhão de Engenharia – ESALQ/USP, na Av.Pádua Dias, 11, em Piracicaba, SP

ORGANIZAÇÃO: Grupo de Estudos “Luiz de Queiroz” 2013 – GELQ 2013 e Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – ESALQ/USP

COORDENADORES: Profº Dr. Thiago Libório Romanelli, do Departamento de Engenharia de Biossistemas da ESALQ/USP e Profª Dra. Luciana Duque Silva, do Departamento de Ciências Florestais da ESALQ/USP

PÚBLICO ALVO: Empresários, pesquisadores, técnicos, empresas públicas e privadas, administradores, produtores rurais, estudantes de graduação e estudantes de pós-graduação.



PROGRAMA

20/09, quinta-feira
       
12:30 – 14:00 - Inscrições, credenciamento e entrega de materiais
14:00 – 14:45 - Palestra      
14:45 – 15:30 - Opções tecnológicas e viabilidade econômica da geração de eletricidade a partir de plantações energéticas - Prof. Dr. Electo Eduardo Silva Lora (NEST/IEM/UNIFEI)
15:30 – 15:40 - Palestra ComercialEmpresa Parceira
15:40 – 15:50 - Palestra ComercialEmpresa Parceira
15:50 – 16:05 - Intervalo
16:05 – 17:20 - Atlas de Bioenergia para o Brasil e perspectivas para outras regiões - Prof. Dra. Suani Teixeira Coelho (CENBIO IEE/USP e PIPGE/USP)
17:20 – 17:30 - Palestra ComercialEmpresa Parceira
17:30  – 18:00 - Mesa Redonda

Moderadora: Lucina Duque Silva


21/09, sexta-feira
       
08:00 – 09:00 - Palestra:      Ministério de Minas e Energia – MME
09:00 – 10:00 - Palestra:  - Prof. Dr. Jorge Luiz do Nascimento (UFRJ)
10:00 – 10:15 - Palestra ComercialEmpresa Parceira
10:15 – 10:30 - Intervalo
10:30 – 11:30 - Palestra:  - Prof. Dra. Vilma Alves de Oliveira – (EESC/USP)
11:30 – 12:00 - Mesa Redonda

Moderador: Thiago Libório Romanelli

14:00 – 14:45 - Biorrefinaria - Prof. Dr. Francides Gomes da Silva Junior (ESALQ/USP)
14:45 – 15:30 - Geração de energia elétrica a partir de biomassa florestal, fazendo uma revisão do contexto atual e suas perspectivas - Prof. Dr. Luiz Augusto Horta Nogueira (UNIFEI/ONU)
15:30 – 15:40 - Palestra ComercialEmpresa Parceira
15:40 – 15:50 - Palestra ComercialEmpresa Parceira
15:50 – 16:05 - Intervalo
16:05 – 17:30 - Compactação de resíduos florestais e agrícolas para utilização energética - Prof. Dr. Waldir Ferreira Quirino (IBAMA / UNB)
17:30 – 18:00 - Mesa Redonda
18:00 - Encerramento